quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Veículo 100% elétrico é testado por empresas de energia

Do Jornal de Vinhedo-SP:
Mesmo sem previsão para a comercialização de seu primeiro veículo elétrico no Brasil - o Palio Weekend Elétrico -, a Fiat, em parceria com a hidrelétrica Itaipu Binacional, tem apostado e investido nas pesquisas que garantirão tecnologia nacional para dar ao país autonomia e agilidade na adoção desses automóveis. Considerado um projeto pioneiro de mobilidade sustentável para os centros urbanos, o Palio Weekend Elétrico será exibido no VE 2009 - 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos e 1º Workshop de Tecnologias de Veículos Elétricos -, que será realizado de 9 e 11 de novembro no Espaço CPFL Cultura, em Campinas.

O projeto teve início em 2006 e, até agora, foram produzidas 32 unidades que estão sendo utilizadas por empresas de energia elétrica, como a AMPLA, a CPFL Energia, a Copel, a Eletrobrás e a Cemig, parceiras para a realização de testes de rodagem. Todas elas, que fazem parte do projeto de desenvolvimento e pesquisa relatam, com base nesses testes, suas impressões sobre o Palio Weekend Elétrico, contribuindo para melhorias.

A previsão é de que até meados de 2010 a produção atinja um total de 50 veículos. "Não se trata de uma escala comercial. O objetivo, ainda, é fortemente concentrado no desenvolvimento e na busca de alternativas mais acessíveis para a tecnologia", explicou o supervisor de Inovações e Veículos Especiais da Fiat, Leonardo Cavaliere. O preço de custo do veículo é de R$ 145 mil, o que corresponde ao triplo do valor de um carro normal, pois alguns componentes, além de ainda serem caros, são importados da Suíça.

Leonardo Cavaliere participará, em Campinas, da mesa redonda sobre Veículos elétricos e as montadoras brasileiras, no dia 10 de novembro, às 16h30, no 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos. "A busca de alternativas energéticas para a mobilidade urbana é um dos grandes desafios da indústria automobilística, que tem investido em projetos inovadores de pesquisa e desenvolvimento, como é o caso do Palio Elétrico. Nesse sentido, iniciativas como esse seminário são importantes para ampliar o debate e mobilizar as demais forças da sociedade para o tema", destaca o supervisor da Fiat.

Produção

O Palio Weekend Elétrico é totalmente ecológico. Além de não liberar gases poluentes, não emite nenhum tipo de ruído. Apenas a carroceria do veículo foi fabricada na montadora da Fiat localizada em Betim (MG), enquanto o motor, a transmissão e baterias foram instalados em uma linha de montagem na Usina Hidrelétrica de Itaipu. As informações foram passadas por Assessoria de Imprensa.

O supervisor de Inovações e Veículos Especiais da Fiat, Leonardo Cavaliere, considera o Brasil o lugar ideal para o desenvolvimento de um carro 100% elétrico, já que grande parte da eletricidade gerada no país, proveniente de hidrelétricas, é energia limpa e muito barata.

O veículo elétrico produzido pela Fiat possui motor que gera potência máxima de 15 kW. Sua velocidade máxima chega a 100 km/h e tem o propulsor refrigerado a água, permitindo redução de seu peso e dimensões. O automóvel é alimentado por uma bateria de níquel, localizada no porta-malas, que garante uma autonomia de 120 km com carga completa. A recarga dessa bateria é realizada em oito horas, a partir de qualquer tomada de três pinos de 220 V. Outra vantagem é que a bateria pode ser 100% reciclada.

Sobre o seminário

O seminário terá tradução simultânea português-inglês, pois contará com a presença de especialistas internacionais no setor de veículos elétricos, como o diretor executivo da Electric Mobility Canadá, que como Key Note Speaker, falará sobre as ações da Associação Canadense de Veículos Elétricos, criada para promover o uso desses automóveis naquele país.

Para a discussão sobre a relação dos VEs e as concessionárias elétricas do Brasil foram convidados Paulo Cezar Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia da CPFL Energia; Carlos Alberto Affonso, diretor administrativo-financeiro da UTENF; José Luiz Alquéres, presidente da LIGHT; Antonio Otelo Cardoso, diretor técnico executivo da Itaipu Binacional, e o presidente do Conselho Diretor da ABRADEE, Firmino Ferreira Sampaio, que coordenará o painel dedicado a esse tema.

Sobre a contribuição dos VEs para a redução das emissões urbanas e gases de efeito-estufa (painel Veículos elétricos: meio ambiente e responsabilidade social) deverão participar das discussões um dos fundadores da ABVE e seu primeiro presidente, Antonio Nunes Júnior; o chefe do Laboratório de Poluição Atmosférica e professor de Patologia da USP - Universidade de São Paulo, Paulo Hilário Nascimento Saldiva, e a diretora da ELETRA e da METRA, Maria Beatriz Setti Braga.

Sobre o tema veículos elétricos e as montadoras brasileiras deverão participar dos
debates o gerente do departamento de Indústria Pesada do BNDES, Paulo Castor de Castro; o diretor de Desenvolvimento da FIAT, Carlos Eugênio Fonseca Dutra. E, para as discussões sobre os "novos atores brasileiros" desse mercado foram convidados o gerente da ABDI - Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial, Roberto dos Reis Alvarez; o presidente da Tutto Trasporti, Agenor Boff; o gerente da WEG Automação, Valter Luiz Knihs; e o diretor executivo da Zeppini, Paulo Rogério Fernandes.

Sobre a exposição e o workshop

Instalada em um espaço de 524 metros quadrados, a exposição reunirá exemplos de veículos elétricos, bem como de componentes e serviços. A exposição será aberta ao público a partir das 12h do dia 9 de novembro.

O 1º Workshop de Tecnologias de Veículos Elétricos acontecerá dia 9 de novembro, das 8h às 18h. A abertura dos trabalhos reunirá o coordenador da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia - SETEC/MCT, Eduardo Soriano Lousada; o diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Amilcar Gonçalves Guerreiro; o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior; e o diretor geral do INEE e presidente do Conselho Diretor da ABVE, Jayme Buarque de Hollanda.

Durante todo o dia os profissionais discutirão questões do desenvolvimento tecnológico e as implicações dos veículos elétricos nas pesquisas e no ensino. Entre os temas estão os desafios para a política científico-tecnológica relacionada aos veículos elétricos, a acumulação de energia neste tipo de veículo e os motores e controles dos VEs.

Serviço

VE2009 - 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos e 1º Workshop de

Tecnologias de Veículos Elétricos

Data: de 9 a 11 de novembro

Horário: 8h30 às 18h

Endereço: Espaço CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera), em Campinas, São Paulo, Brasil

Campo Grande-MS: Prefeito conhece trabalho acadêmico de implantação de ciclovias

Segue iniciativa de um acadêmico que pode resultar em benefício para toda a cidade de Campo Grande.

Do site da prefeitura municipal de Campo Grande.

“O prefeito Nelson Trad Filho conheceu na manhã desta sexta-feira (23.10) o trabalho de conclusão de curso do acadêmico de Arquitetura da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), Renato Yonamine. Denominado “Via verde – transporte urbano sustentável”, o projeto prevê a implantação de 70 km de ciclovias na Capital.

Para balizar seu trabalho, Renato buscou informações em órgãos e publicações da administração municipal como o Instituto Municipal de Planejamento Urbano e o Plano Diretor, respectivamente. Entre os aspectos levados em conta na elaboração do trabalho estão a topografia da cidade e pontos de interesse para ciclistas. Yonamine também prevê integração bicicleta/transporte coletivo em trajetos de mais de sete quilômetros.

Como a temperatura elevada, na maior parte do ano, é uma das dificuldades para estimular o ciclismo, o trabalho de Renato prevê o plantio de árvores ao longo dos trajetos. Um aspecto interessante é que as ciclovias se interligam aos parques da cidade. De acordo com o estudante, em alguns trechos será possível criar trilhas ecológicas. Com isto, o uso do veículo poderá ser estimulado para o trabalho e para o lazer.

O prefeito achou muito interessante o trabalho de Renato, que também apresenta em seu TCC exemplos de cidades que mudaram suas paisagens e qualidade de vida com investimento em ciclovias. Nelsinho disse a Yonamine que sua assessoria marcará uma audiência com Rudel Trindade Júnior, diretor da Agetran e Marta Martinez, presidente do Planurb para que ele apresente seu trabalho.

Nesta audiência, o prefeito quer ver se há sugestões apresentadas no trabalho de Renato que podem ser incorporadas ao projeto da prefeitura, que pretende implantar 120 km de ciclovias na cidade. Foi a colega Paula Gobbo Chaves, do quarto ano de Arquitetura, que estimulou Renato a apresentar seu TCC ao prefeito.” Fonte/Autor: Mônica Ferreira Mtb/MS 138

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saiu no DP:Abandono e risco no Cais da Aurora Urbanismo // Buracos na pista destinada a cooper e bicicletas ameaçam usuários do local. Área deverá ser recuperada no fim de dezembro

Abandono e risco no Cais da Aurora
Urbanismo // Buracos na pista destinada a cooper e bicicletas ameaçam usuários do local. Área deverá ser recuperada no fim de dezembro


Circular na pista destinada a cooper e a bicicletas do Cais da Aurora - entre a quadra poliesportiva e o Rio Capibaribe -, é um verdadeiro desafio. Além da sensação de insegurança, mesmo à luz do dia,

Espaço está repleto de buracos, atrapalhando a circulação de pedestres e ciclistas e até ocasionando acidentes graves com os transeuntes. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
o espaço está repleto de buracos e sujeira, com cheiro de abandono. É preciso ter muita atenção para pedalar ou caminhar na área e, ainda assim, correr riscos. A menor distração ao longo do percurso pode significar uma queda num buraco. Para frequentadores do local, a Prefeitura do Recife vem descuidando do lugar há cerca de três anos. Embora haja promessas de recuperação do Cais até o fim de dezembro, totalizando um investimento de R$ 100 mil, ontem não havia sinais de obras em andamento, além de um monte de areia depositado próximo à Ponte do Limoeiro.

Segundo o jornalista André Dib, que mora na Rua da Aurora, a cada dia surgem novos buracos na pista (afundamentos) e a única manutenção que vem sendo feita no lugar é a poda das árvores. "Eu estava andando de bicicleta ontem (quinta-feira), me dirigindo ao trabalho, quando caí num buraco novo, quebrei o dedo mínimo do lado esquerdo e fiquei com escoriações no braço direito e no rosto. Vou ter que ficar de licença por um mês", lamentou André. "A prefeitura deveria sinalizar o buraco", acrescentou, dizendo que o estado das pistas de bicicleta é um desestímulo a quem não quer usar carro. Hoje, há quatro buracos na pista, sendo o maior deles com três metros de largura.

Morador do centro do Recife e frequentador assíduo do Cais, Silvio de Abreu e Lima, 24 anos, afirmou que até os serviços de limpeza na área se reduziram drasticamente. "Isso aqui era tudo novo, no governo passado tinha gente limpando e mantendo o lugar a todo momento. Hoje, a gente anda por aqui desviando dos obstáculos. Está tudo com aspecto de acabado", declarou Silvio. O técnico de segurança do trabalho José Augusto Silva Pordeus, 30, também garantiu não ter visto obras em andamento. "Infelizmente o cais está definhando", declarou.

Além da pista de caminhada, basta dar uma passadinha no Cais Aurora para perceber o estado de abandono. Ao redor da escultura de aço reciclado em forma de caranguejo, instalada em frente ao Ginásio Pernambucano, por exemplo, duas crateras se formaram. O gradil de guarda-corpos está totalmente enferrujado, os bancos quebrados e a pista de skate danificada, sem manutenção. A quadra, que deveria servir para se jogar basquetebol, não tem sequer cestinhas.

A assessoria de imprensa da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) assegurou que o prazo estipulado para recuperar o Cais é o fim de dezembro. Segundo a assessoria, tanto o piso de pedras portuguesas como o intertravado serão restaurados, além do gradil, a rede de iluminação e o conjunto de brinquedos. Os investimentos também serão feitos para restaurar a quadra poliesportiva, os bancos de concreto, a pista de cooper e áreas verdes.

sábado, 24 de outubro de 2009

Bauneário Camburiú-SC quer limitar uso de bicicletas

O número de ciclistas que trafegam nas avenidas de Balneário Camboriú aumenta a cada dia com a proximidade do verão. A opção do uso da bicicleta é aconselhada para evitar transtorno no trânsito da cidade e tida como ecologicamente correta, pois não emite gases poluentes na atmosfera. O problema é que o município não dispõe de ciclovias em todas as avenidas, o que acarreta falta de segurança para as pessoas que fazem uso deste meio de transporte.
De acordo com levantamentos da Associação Nacional de Transportes Públicos, a bicicleta é responsável por 7,4% dos deslocamentos urbanos. São 250 mil viagens por dia para uma frota de 50 milhões de bicicletas em todo território nacional.
A Secretaria de Obras do município já percebeu o problema e inclui em todos os novos projetos a construção de ciclovias, como nos casos da Quinta Avenida e no sistema binário, que estão em fases de conclusão.
As bicicletarias da cidade oferecem vários serviços de manutenção nesta época do ano. Para João Vasconcelos, proprietário deste tipo de comércio há 18 anos, a revisão das bicicletas é necessária para evitar acidentes no trânsito. "É preciso ver a situação dos pneus, engraxamento e freio. Isto evita acidentes. Antigamente as bicicletas necessitavam ter inclusive espelho, buzina e luz refletiva para a noite. Isto deveria voltar", relembra.
A vendedora Ana Meire Souza faz uso da bicicleta para locomoção diária. Ela acredita que a cidade deve possuir mais ciclovias. "É preciso mais espaço para os ciclistas. É muito perigoso trafegar na cidade, principalmente no verão. Já vi muitos acidentes envolvendo bicicletas, até mesmo fatais", lamenta.
Projeto
Atualmente tramita na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú o projeto nº 0173/2009, de autoria da vereadora Christina Barichello (PPS), que institui normas aos ciclistas de Balneário Camboriú. O texto prevê que as mesmas normas utilizadas para automóveis também caberiam aos ciclistas. Um curso de capacitação, a cada quatro anos, para os usuários deste meio de transporte, também faz parte do projeto. Desta maneira os ciclistas obterão uma autorização para transitar pelas vias da cidade, assim como ocorre com os motoristas de automóveis. O ciclista que não estiver com a situação regularizada poderá ter a bicicleta apreendida e pagará multa de um valor a ser definido. A fiscalização ficará a cargo dos Agentes Municipais de Trânsito ou Polícia Militar, através de convenio próprio, entre PM e PMBC.

Vantagens do uso da bicicleta
* A bicicleta oferece uma disponibilidade imediata e sua manutenção é relativamente barata.
* O tempo de desenvolvimento na bicicleta é previsível, pois o ciclista não é afetado gravemente pelo congestionamento do tráfego. A bicicleta oferece intimidade, independência e liberdade; o ciclismo é uma atividade emancipadora.
* O ciclismo é uma forma de exercício que melhora a saúde física e mental.
* Na atual sociedade mutante de hoje em dia, a bicicleta é um transporte flexível. A circulação da bicicleta mantém fluido o tráfego das cidades, previne e reduz o congestionamento.
* O uso da bicicleta amplia o raio de atividades das pessoas, independente de serem jovens, idosos, ricos, pobres, homens ou mulheres.
* O uso da bicicleta melhora o espaço físico, passando ser mais rentável para a infra-estrutura das cidades.
* O uso da bicicleta melhora o tempo e promove um desenvolvimento da economia local.
* A bicicleta é silenciosa, limpa e sustentável. O uso da bicicleta não ameaça o meio ambiente nem a paisagem.
* Os ciclistas são uma ameaça insignificante para os demais.
* O uso de bicicleta não é nenhuma ameaça aos combustíveis fósseis.

No domingo tem
passeio ciclístico
Neste domingo (25) é dia de pegar a bicicleta e sair às ruas para mais um passeio ciclístico organizado pela Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú (ACBC). Realizados sempre no último domingo de cada mês, os passeios ciclísticos têm como objetivo estimular o uso da bicicleta como meio de transporte e também criar uma consciência ecológica na população de Balneário Camboriú e Camboriú.
O presidente da Associação de Ciclismo, Fernando Baumann, destaca a importância de usar a bicicleta como meio de transporte, principalmente em cidades como Balneário Camboriú, que tem ruas são planas, ideais para que anda de bicicleta.
O passeio ciclístico começa na Praça Almirante Tamandaré às 10h, segue pela Avenida Atlântica, prossegue até a rua 3.300 pela Avenida Brasil retornando para Praça Almirante Tamandaré. Trata-se de um passeio leve, indicado para toda a família. Para participar basta ter uma bicicleta e vontade de pedalar.

Rio de Janeiro-RJ: Estações da Linha 2 do Metrô de Colégio e Irajá ganham bicicletários neste sábado

Rio - Neste sábado, as estações da Linha 2 do Metrô de Colégio e Irajá vão ganhar novos bicicletários gratuitos. Com eles, os usuários poderão utilizar bicicletas como transporte até a estação, estacioná-las no bicicletário e seguir viagem no metrô.

O horário de funcionamento será o mesmo das estações: das 5h à meia-noite, de segunda a sábado, e das 7h às 23h, aos domingos e feriados. Em Irajá, inicialmente, serão 10 vagas. Já em Colégio, são oito.

Outro dois bicicletários já funcionam: um na Estação Pavuna, com 70 vagas, e na Estação Cantagalo, com 25.

Nos fins de semana, o embarque das bicicletas é permitido a partir das 14h aos sábados e sem restrição de horário aos domingos e feriados e deve ser feito sempre no último carro de cada trem.

Vejam o intenso tráfego de bicicletas em ciclovia na Europa

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pesquisa de opinião pública sobre a circulação de bicicletas no Recife-PE

Amigos,
Estou postando no blog para pedi-los que respondam uma pesquisa virtual.
Ela está hospedada no site:http://fs8.formsite.com/caldasm/ciclousobikerec/index.html‏
Tal ferramenta vai servir para que possa avançar na pesquisa sobre a circulação de bicicletas no Recife.
Façam este esforço, respondam e enviem a quem puderem este link.
Para maiores informações visitem o site: http://blogmobilidadesustentavel.blogspot.com
Obs: Qualquer informação adicional enviem o email para: caldasm@hotmail.com
Atenciosamente,
Marcelo Caldas

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos e 1º Workshop de Tecnologias de Veículos Elétricos

Diretor do projeto Challenge Bibendum, da Michelin, prevê que os veículos elétricos revolucionarão
www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Vera Longuini
21-Out-2009


Responsável pelo rali rodoviário Challenge Bibendum, Jean Pierre Lamour, afirma que o empenho da indústria automobilística e o estímulo dos governos de diversos países acenam para uma tendência de crescimento de VEs no mercado mundial.

Ele estará em novembro no Brasil para participar do 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos realizado pelo INEE - Instituto Nacional de Veículos Elétricos e pela ABVE - Associação Brasileira de Veículos Elétricos

Embora a bateria seja o principal problema dos Veículos Elétricos, as indústrias do setor farão grandes avanços e, em 10 anos, os VEs revolucionarão o mercado mundial. A previsão é do diretor do Challenge Bibendum - rali rodoviário criado pela Michelin para mostrar o empenho da indústria automobilística em favor de uma mobilidade sustentável -, Jean Pierre Lamour. O especialista em veículos não poluentes virá ao Brasil para participar do 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos que será realizado no Espaço CPFL Cultura, em Campinas, interior de São Paulo, entre os dias 9 e 11 de novembro. Ele falará no dia 11, às 8h30, sobre o tema Veículos Elétricos no Challenge Bibendum.

De acordo com Lamour, os carros a bateria e híbridos já correspondem a uma fatia de 1% a 1,5% do mercado mundial. Sua previsão é a ocupação do mercado automobilístico por um percentual entre 10 a 15% (7 a 10 milhões de carros / ano) de VEs, o que já significará uma revolução se considerados os 100 anos de quase 100% da utilização dos carros à combustão.

"Os VEs são bem adaptados para usos especializados. As empresas de eletricidade, juntamente com os poderes públicos, estão trabalhando nas infraestruturas necessárias. Até mesmo algumas companhias de petróleo, como a Petrobrás, estão implementando estações de recarga. Muitos governos estão incentivando os clientes de e-car na medida em que eles estão contribuindo para melhorar a qualidade de vida para todos, principalmente nas zonas densamente povoadas. Os incentivos vêm de subsídios e de reduções fiscais e do acesso exclusivo aos centros urbanos para veículos com emissões zero", enumera.

Para ele, a indústria automobilística já reconhece a necessidade de energias alternativas e a tendência, segundo ele, é de crescimento do número de veículos elétricos no mercado. "Os veículos elétricos já despertavam interesse nas décadas de 1970 e 1990, mas nunca tivemos tantos participantes envolvidos. Hoje, todos os fabricantes têm, em seus planos de produção, veículos elétricos a bateria e/ou carros híbridos (carros elétricos com gerador a bordo). Muitas empresas recém-chegadas no mercado aproveitam a oportunidade para aderir à indústria automobilística de carros elétricos e inúmeras associações e empresas de energia elétrica estão fazendo lobby para acelerar o processo. É a primeira vez que vemos tantos governos ao redor do mundo apoiando financeiramente o desenvolvimento das baterias e carros elétricos", diz.

Uso específico
Lamour destaca que não se trata da substituição de todos os carros a gasolina por elétricos. Desta forma, sugere que a prioridade deve ser para o desenvolvimento de uma oferta de produto muito atraente e bem adaptada às condições de serviços específicas: viagens relativamente curtas, passeios urbanos e veículos de entrega, juntamente com alguns carros de luxo, já que a emoção desempenha um importante papel no mercado automobilístico.

Além disso, nos países desenvolvidos, as empresas de serviços estão criando novos modelos de negócios para fornecer aos usuários os veículos concebidos para utilizações específicas por meio do compartilhamento de carros ("car sharing"), e dos sistemas de "leasing", dando preferência para uso otimizado de um carro ao invés de sua propriedade.

Baterias
Para o diretor da Michelin a acumulação de energia nos VEs é - e deve continuar sendo - o problema destes automóveis. No entanto, ele destaca que parte do problema é a constante comparação com o combustível convencional, que, embora apresente uma densidade energética muito alta e, portanto, uma fácil acumulação, tem também seus inconvenientes se comparado à eletricidade.

O principal problema das baterias (peso e custo) depende da quantidade de energia que se pretende acumular com relação à distância do deslocamento entre duas recargas. Mas ele acredita que, em vista dos estímulos para a indústria de baterias para veículos elétricos vem recebendo, haverá grande progresso para se avançar os limites desse problema.

Lamour lembra que, mesmo hoje, já existem diversas formas de uso do carro elétrico com consumo entre 10 ou 15 kWh (com autonomia de 70 a 100 km) ou com uma menor quantidade de kWh no caso dos carros híbridos. "Temos que pensar que a infraestrutura rodoviária é organizada e que a nossa mente está formatada para carros à gasolina, pois não queremos parar para reabastecer a cada 100km. Por outro lado, temos que considerar que a eletricidade está disponível em quase toda parte e que muitas viagens são por distâncias curtas, inferiores a 50 km. Com a disponibilidade de uma infraestrutura de rede elétrica inteligente (smart grid) para os usuários, a parte principal do problema atual da bateria estaria resolvido, pois, assim como fazemos com os telefones celulares, bastará recarregar as baterias para voltar a utilizá-los quando a carga estiver baixa. É por isso que a contribuição dos fornecedores de eletricidade é também muito importante. Além disso, as baterias poderão continuar sendo um problema dos VEs, mas este é o único e, por isso, precisamos olhar para as outras vantagens que eles apresentam", recomenda.

O diretor da Michelin aproveita para divulgar a 10ª edição Challenge Bibendum que será realizada no Brasil, no Rio de Janeiro, em 2010. Pela primeira vez na América do Sul, o evento está agendado para o período de 30 de maio e 2 de junho no circuito de Jacarepaguá e no centro de exposições Rio Centro. O Challenge Bibendum reunirá empresários, acadêmicos, pesquisadores e representantes da indústria automobilística do mundo inteiro.

Sobre o seminário
O seminário terá tradução simultânea português-inglês, pois contará com a presença de especialistas internacionais no setor de veículos elétricos, como o diretor executivo da Electric Mobility Canadá, que como Key Note Speaker, falará sobre as ações da Associação Canadense de Veículos Elétricos, criada para promover o uso desses automóveis naquele país.

Para a discussão sobre a relação dos VEs e as concessionárias elétricas do Brasil foram convidados Paulo Cezar Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia da CPFL Energia; Carlos Alberto Affonso, diretor administrativo-financeiro da UTENF; José Luiz Alquéres, presidente da LIGHT; Antonio Otelo Cardoso, diretor técnico executivo da Itaipu Binacional, e o presidente do Conselho Diretor da ABRADEE, Firmino Ferreira Sampaio, que coordenará o painel dedicado a esse tema.

Sobre a contribuição dos VEs para a redução das emissões urbanas e gases de efeito-estufa (painel Veículos elétricos: meio ambiente e responsabilidade social) deverão participar das discussões um dos fundadores da ABVE e seu primeiro presidente, Antonio Nunes Júnior; o chefe do Laboratório de Poluição Atmosférica e professor de Patologia da USP - Universidade de São Paulo, Paulo Hilário Nascimento Saldiva, e a diretora da ELETRA e da METRA, Maria Beatriz Setti Braga.

Sobre o tema Veículos elétricos e as montadoras brasileiras deverão participar dos
debates o gerente do departamento de Indústria Pesada do BNDES, Paulo Castor de Castro; o diretor de Desenvolvimento da FIAT, Carlos Eugênio Fonseca Dutra. E, para as discussões sobre os "novos atores brasileiros" desse mercado foram convidados o gerente da ABDI - Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial, Roberto dos Reis Alvarez; o presidente da Tutto Trasporti, Agenor Boff; o gerente da WEG Automação, Valter Luiz Knihs; e o diretor executivo da Zeppini, Paulo Rogério Fernandes.

Sobre a exposição e o workshop
Instalada em um espaço de 524 metros quadrados, a exposição reunirá exemplos de veículos elétricos, bem como de componentes e serviços. A exposição será aberta ao público a partir das 12h do dia 9 de novembro.

O 1º Workshop de Tecnologias de Veículos Elétricos acontecerá dia 9 de novembro, das 8h às 18h. A abertura dos trabalhos reunirá o coordenador da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia - SETEC/MCT, Eduardo Soriano Lousada; o diretor da EPE (Empresa de Pesquisa de Energética), Amilcar Gonçalves Guerreiro; o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior; e o diretor geral do INEE e presidente do Conselho Diretor da ABVE, Jayme Buarque de Hollanda.

Durante todo o dia os profissionais discutirão questões do desenvolvimento tecnológico e as implicações dos veículos elétricos nas pesquisas e no ensino. Entre os temas estão os desafios para a política científico-tecnológica relacionada aos veículos elétricos, a acumulação de energia neste tipo de veículo e os motores e controles dos VEs.

Serviço
VE2009 - 6º Seminário e Exposição de Veículos Elétricos e 1º Workshop de Tecnologias de Veículos Elétricos
Data: de 9 a 11 de novembro
Horário: 8h30 às 18h
Endereço: Espaço CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera), em Campinas, São Paulo, Brasil
Informações: telefone (21) 2532-1389, site www.ve.org.br ou pelos e-mails inee@inee.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email e abve@abve.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

Aracaju ganha ciclovias e uso da bicicleta se populariza

Já são 56,4 km de ciclovias em Aracaju e o efeito da constante ampliação da malha cicloviária é o significativo aumento do número de pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte. Com menos carros nas ruas, o trânsito na cidade melhora e a população tem mais qualidade de vida. O ar fica mais puro, o estresse do dia a dia diminui e as pessoas acabam adotando hábitos mais saudáveis.

Em 2010, a extensão da rede cicloviária da capital sergipana deve aumentar com a construção de mais 5,5 km de ciclovias, ligando a Atalaia à Beira Mar. Desde 2001, a Prefeitura de Aracaju investiu mais de R$ 11 milhões na ampliação e estruturação de vias exclusivas para ciclistas. Nossa malha já é a maior do Nordeste e uma das maiores do país, proporcionalmente. Para termos uma ideia, São Paulo tem apenas 4 km, destaca o coordenador de ciclomobilidade da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Fabrício Lacerda.

A política de incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte foi adotada pela prefeitura há quase oito anos e tem se refletido na crescente popularização do ciclismo em Aracaju. Além da construção de ciclovias, o município vem priorizando outras ações estratégicas, como a criação de bicicletários. No mês passado, dois foram instalados nas praças Fausto Cardoso e General Valadão, no Centro da cidade.

Os dois bicicletários têm juntos 40 vagas e seguem os padrões adotados mundialmente, sendo equipados com paraciclos duplos (barras de ferro onde as bicicletas ficam presas por correias), gradil de proteção e placas sinalizadoras. De acordo com Fabrício Lacerda, o benefício será estendido a praças, praias e outros locais estratégicos.

A prefeitura tem uma política muito efetiva de fomento do uso da bicicleta. Planejamos instalar paraciclos, que são eficientes e mais baratos que os bicicletários, nos calçadões do Centro, nas praias, praças e outros pontos da cidade, antecipa o coordenador de ciclomobilidade.

Acidentes

Com a construção de ciclovias e instalação de bicicletários, associadas à fiscalização do uso desses espaços e à realização de campanhas educativas, o município tem conseguido garantir conforto e segurança aos ciclistas. Prova disso é a redução do número de acidentes envolvendo bicicletas. Enquanto no primeiro semestre de 2008 foram 138 registros, nos seis primeiros meses deste ano a SMTT contabilizou 69 ocorrências, o que representa uma queda de 50%.

Para Fabrício Lacerda, a orientação é um elemento fundamental. Através de atividades e palestras em escolas e empresas, as equipes da SMTT informam os cidadãos sobre os principais cuidados que o ciclista deve ter no trânsito. De acordo com dados da coordenação de ciclomobilidade, mais de 90% dos trabalhadores que utilizam bicicletas como meio de transporte são funcionários ligados à construção civil.

Sempre tentamos entrar em contato com as construtoras para fazer palestras educativas junto a esses trabalhadores, que constituem grande parte dos usuários das ciclovias. Também fazemos essa atividade em escolas, já que crianças e adolescentes também utilizam bastante a bicicleta para ir à aula, explica o coordenador.

Campo Grande-MS: Audiência em novembro vai discutir ciclovias.

A Câmara Municipal de Campo Grande realiza no próximo dia 18 de novembro (quarta-feira), às 19 horas, uma audiência pública para debater o tema: “Ciclovias e Ciclofaixas – A solução para o transporte de Campo Grande?”.

O debate está sendo promovido pelo vereador Clemêncio Ribeiro (PMDB) e pela Comissão de Transporte e Trânsito. A audiência pública será realizada no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis, localizada na Avenida Ricardo Brandão, nº 1.600, bairro Jatiuka Park.

O vereador Ribeiro convida toda a população e a sociedade civil organizada para participar do debate sobre a importância de ciclovias interligando os bairros ao centro de Campo Grande – uma luta antiga do parlamentar.
Do site MS notícias

Artgo muito bom de dirigente da ANTP leiam

Automóveis e sustentabilidades

Em 2007 o governo e a indústria automobilística comemoraram a fabricação dos 50 milhões de veículos em 50 anos, colocando o Brasil no 9º lugar entre os produtores e 11º exportador mundial. A Anfavea dizia que os próximos 50 milhões deveriam acontecer em 15 anos, caso o governo desse ''estímulo ao consumo interno, apoio à engenharia e incentivo à produção e exportação''.
Os automóveis e as motocicletas estão no centro da crise de mobilidade, figurando entre as principais causas dos congestionamentos, do aumento da poluição e dos acidentes com mortos e feridos, com as cidades pagando alto custo, principalmente os usuários de transportes coletivos. Em 1998, pesquisa sobre congestionamentos em dez capitais, do Ipea/ANTP, apontava um custo de R$ 5 bilhões, responsável por 15% de aumento das tarifas públicas.
Enquanto o transporte público urbano espera por medidas de desoneração tributária, justiça social nos pagamentos das gratuidades - hoje pagas pelos usuários - e investimentos em infraestrutura, o governo federal e os estados de São Paulo e Minas Gerais injetaram R$ 8,5 bilhões para manter os financiamentos para automóveis, sob pretexto de que seu bom desempenho favorece a economia,.
Em 2008 os fabricantes de automóveis foram ajudados pela isenção da Cide-combustíveis, pela redução da alíquota do IOF na compra de motocicletas, motonetas e ciclonetas por pessoas físicas, e pela redução do IPI da indústria automobilística, representando importantes renúncias fiscais. A Fenabrave festejou um crescimento de 27,8% nas vendas entre 2006 e 2007, atingindo 2,3 milhões de automóveis comercializados. Em 2008 festejou novo recorde, o maior da história, crescendo 14% sobre 2007 (de 2,3 milhões para 2,6 milhões), a despeito da crise internacional que afetou profundamente a indústria automobilística em todo o mundo.
Os dados são contundentes quanto às perdas sociais e econômicas que esse modelo de mobilidade promove no país: o transporte público, uma solução sustentável e que cria cidades mais baratas e eficientes, recebe seu primeiro golpe, quando a Constituição passa a competência para os municípios investirem e gerirem os transportes públicos, sem prover os recursos condizentes, além de inviabilizar as propostas de se criar um fundo de investimentos permanente para essa política. Nessa política rodoviarista e focada nos automóveis, houve o fim dos bondes, as ferrovias urbanas foram sucateadas, e os ônibus perderam 20 bilhões de passageiros entre 1992 e 2005, deixando de arrecadar R$ 29 bilhões (ANTP) .
Como o uso do automóvel relaciona-se à renda da população, fica claro o abismo existente entre o consumo dos que ganham até R$ 250 e mais de R$ 3.600: para os últimos, o consumo de energia é 9 vezes maior, o de combustível 11 vezes, despejam 14 vezes mais poluentes no meio ambiente e 15 vezes mais acidentes de trânsito. Comparando o transporte público com os automóveis, vemos mais absurdos: os automóveis são responsáveis por 83% dos acidentes; 76% da poluição e sofrem apenas 38% dos congestionamentos dos quais são a maior causa, enquanto os que usam transporte público sofrem 62%.
Com relação aos subsídios totais ao transporte urbano nas regiões metropolitanas por modo: autos/motos/táxi recebem de R$ 10,7 bilhões a R$ 24,3 bilhões/ano (86% dos recursos), enquanto os transportes públicos recebem de R$ 2 bilhões a R$ 3,9 bilhões (14%), apesar de transportarem 31% das viagens contra 30% dos automóveis. Esses subsídios referem-se apenas à compra e licenciamento de veículos, operação direta, estacionamento e externalidades não cobradas (poluição, acidentes, congestionamento).
Embora não haja aqui espaço para se aprofundar sobre o que levou o país a optar por essa política de mobilidade centrada nos automóveis, que aumenta a exclusão social e a poluição e promove um genocídio no trânsito, é possível demonstrar que há soluções, mas que pressupõem vontade política, responsabilidade pelo futuro das próximas gerações e pela sustentabilidade do planeta. Para isso, utilizarei algumas das propostas apresentadas pelo MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de qualidade para todos) na 8ª Jornada Brasileira Na cidade, sem meu carro, cuja campanha era ''a rua é das pessoas e não dos carros'': 1. Transformar os estacionamentos na via pública em aumentos de calçadas, ciclovias e faixas exclusivas de ônibus, ou em jardins, limitando o estacionamento nos centros urbanos aos residentes; 2. Garantir que todo investimento em novas ruas, incluindo os viadutos, seja para pedestres, ônibus e bicicletas; 3. Utilizar faixas de vias, hoje dos automóveis, para implantar corredores exclusivos de ônibus, e que esses sejam fiscalizados para não serem invadidos; 4. Criar um fundo de mobilidade urbana municipal com recursos provenientes da Cide-combustível, de pedágios urbanos e da taxação de estacionamentos, prestando conta publicamente, todo ano, da sua aplicação; 5. Promover o planejamento racional das ruas pela prefeitura, integrando as linhas de ônibus, as bicicletas, as calçadas acessíveis e os carros às linhas de ferrovia e metrô e aos corredores exclusivos de ônibus.
Nosso sonho é construir cidades em que os vários espaços sociais sejam valorizados, promovendo a inclusão da cidade real .

Nazareno Stanislau Affonso
Coordenador do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade) e do escritório da ANTP Brasília, diretor do Instituto RUAVIVA, integrante do Conselho das Cidades e da Coordenação do Fórum Nacional da Reforma Urbana.


Originalmente publicado na Revista Desafios.

Belo Horizonte-MG apresenta pacote da Copa

Sistema de ônibus rápido é visto como prioridade, assim como o metrô
Andréa Silva
Os projetos de revitalização e qualificação de Belo Horizonte e de modernização do transporte público municipal, que fazem parte do pacote elaborado para a cidade sediar a Copa de 2014, foram apresentados ontem à tarde em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal.

Entre as proposta exibidas, a expansão do metrô e a construção da nova rodoviária. Também foram exibidos os planos para a implantação do BRT (Bus Repit Transit), sistema de ônibus que circula em calhas, em pistas exclusivas, com capacidade para atender a 200 pessoas por veículo.
"Nosso investimento prioritário é o BRT. O sistema é o melhorar para a cidade", afirma o presidente da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor Cesar. Segundo ele, o BRT será implantado primeiro na avenida Antônio Carlos. A expectativa é de que o sistema entre em operação até 2012. "Os recursos já foram garantidos pela prefeitura e aprovados pela Câmara Municipal", disse Cesar.

Sobre o metrô, ele voltou a informar ontem que o projeto de expansão do sistema, inclusive com ideia ligando a Cidade Administrativa (na região Norte da cidade) ao bairro Novo Eldorado (em Contagem), está elaborado. Mas, segundo ele, para que a proposta saia do papel, seria preciso a captação de R$ 2 bilhões em recursos junto ao governo federal.

Quanto à nova rodoviária, Ramon Cesar informou que o desejo da administração municipal é que o terminal seja construído no bairro Calafate (região Oeste), mas que a definição depende de um estudo de impacto em fase de elaboração por uma empresa paulista. A prefeitura prometeu divulgar o resultado do estudo até o fim deste mês.

Quanto a rodoviária atual, o presidente da BHtrans afirmou que ela será revitalizada para operar apenas o transporte municipal e metropolitano. Dentre as propostas apresentadas pela prefeitura, está ainda a revitalização da região da Savassi, do Barro Preto e da Lagoinha.
Conforme o secretário Municipal de Políticas Urbanas, Murilo Valadares, 12 quarteirões do hipercentro de Belo Horizonte terão os passeios trocados.

"Nosso objetivo é promover melhorias no espaço urbano e nos preparar para receber pessoas de vários lugares do mundo", disse Valadares. De acordo com ele, há planos também para despoluição da lagoa da Pampulha, criação de seis novas ciclovias, com cerca de 62 km de pista. Ainda segundo Valadares, há ainda a proposta de cuidados das praças e dos 69 parques municipais da capital.

Propostas

Transporte
- Expansão do metrô
- Implantação do programa Corta Caminho
- Implantação dos corredores de BRT (inicialmente na avenida Antônio Carlos)
- Gestão inteligente do Transporte Público. Funcionamento com GPS, painéis eletrônicos e câmeras

Estruturação urbana
- Revitalização da Savassi, do Barro Preto e da Lagoinha
- Tratamento da calçada em 12 quarteirões do hipercentro da cidade
- Despoluição da Lagoa da Pampulha
- Melhorias e manutenção em praças e parques públicos

Minientrevista

Thiago Lacerda
Filho do prefeito de BH
voluntário da pBH

Qual é o seu papel nos preparativos da Prefeitura de Belo Horizonte para a Copa de 2014?

Eu sou voluntário na Prefeitura, conforme uma lei federal que permite o voluntariado em qualquer órgão público, e atuo como presidente do Comitê Executivo Municipal de preparação para as Copas de 2013 e 2014. O Comitê conta com um representante de cada secretaria do Núcleo de Gestão, presidido pelo prefeito Marcio Lacerda e criado pela PBH logo depois do anúncio das cidades-sede. Assim, o Comitê é composto por integrantes da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Secretaria Municipal de Planejamento, Secretaria Municipal Adjunta de Esportes, Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Empresa Municipal de Turismo (Belotur), Assessoria de Comunicação (Ascom) e Programa BH Metas e Resultados. Eu represento a Ascom e meu trabalho é totalmente dedicado à preparação da cidade para sediar a Copa. Essa mesma estrutura foi criada pelo Governo do Estado para que os trabalhos ocorram em parceria e reuniões em conjunto são feitas quase que semanalmente. Aliás, foi um pedido do prefeito, do governador e do vice-governador que os trabalhos andassem de forma alinhada, em parceria.

Você viajou à Europa para conhecer a logística e estrutura montadas em várias cidades durante a Copa das Confederações de 2005 e o Mundial do ano seguinte. Como foi adquirir experiência europeia?

Eu estava na Europa desde o último dia 23. A PBH tem um acordo de cooperação com a prefeitura de Stuttgart, na Alemanha, onde me reuni com os responsáveis pela preparação da cidade para a Copa de 2006 para discutir o planejamento das questões envolvidas em Copas do Mundo, principalmente a mobilidade, já que eles são referência nessa questão. Em Weggis, na Suíça, onde o Brasil se concentrou em 2006, conheci a estrutura montada para receber a seleção e tive a oportunidade de ver como a cidade foi preparada para receber os turistas brasileiros e europeus. Conheci a logística do hotel e do centro do treinamento e obtive uma referência muito boa porque uma de nossas prioridades é trazer grandes seleções para BH. Também fiz uma visita à FIFA em Zurich para conhecer as instalações e ter contato com as pessoas com as quais vamos trabalhar daqui pra frente. Estive na África do Sul durante a Copa das Confederações deste ano e também tive a oportunidade de conhecer a preparação do país, além de visitar obras de dois estádios com projetos similares ao do Mineirão.

Você trabalha como voluntário nos preparativos da PBH para a Copa de 2014. A viagem à Europa foi paga com recursos próprios ou da PBH?

Todos os meus gastos foram pagos com recursos próprios.

Belo Horizonte foi confirmada como subsede dos Jogos Olímpicos de 2016 e receberá algumas partidas de futebol. Como o seu trabalho de preparação da cidade para a Copa de 2014 vai repercutir dois anos depois?

O fato de BH ser sede da Copa 2014 é um enorme facilitador, porque a cidade vai estar muito bem equipada e preparada, tanto na questão da mobilidade quanto da rede hoteleira, que estará em altíssimo nível. Receber os jogos de futebol durante as Olimpíadas será um grande fruto que vamos colher de todo o trabalho da Copa e a experiência obtida durante a competição vai contar muito.

Como a Prefeitura está se mobilizando para preparar a capital mineira para a Copa de 2014?

Montamos uma equipe que trabalha em conjunto com a equipe do Governo do Estado. Obviamente, o foco principal do Governo do Estado hoje é a reforma do Mineirão, que deve ficar pronto em dezembro de 2012 para receber a Copa das Confederações. Vale ressaltar o excelente trabalho que vem sendo feito por eles neste sentido. E estamos os ajudando no que é possível. Quando estive na África do Sul durante a última Copa das Confederações eles estavam no auge da preparação para a Copa, o que foi muito importante, pois a partir das reuniões lá, definimos uns 20 elementos de trabalho e montamos um grande mapa, a partir do qual definimos os cronogramas, as responsabilidades entre as diversas esferas de governo e as próximas ações.

Atualmente estamos na fase da Preparação pré-Copa, que conta com a infra-estrutura esportiva (reforma do Mineirão, adaptação do Mineirinho e base camps - centros de treinamento oferecidos para as seleções 15 dias antes da competição); infra-estrutura geral e mobilidade (acesso à BH - aeroportos, rodoviária, estradas -, ampliação e reforma dos corredores de trânsito da capital e acesso direto ao Mineirão); serviço turístico e rede de hotelaria; comunicação e marketing e a preparação para a operação do evento em si, como logística e segurança pública. Vamos precisar muito de um voluntariado preparado e sei que a cidade sai na frente principalmente por conta da hospitalidade do mineiro.

Além disso, vamos contratar em breve uma consultoria para trabalhar por quatro meses com os Comitês Executivo e gestor da Prefeitura e do Estado. O objetivo será definir a melhor forma de acompanhar cada projeto, definir como será a gestão compartilhada e alinhar os trabalhos para que tudo siga da melhor maneira possível.

Qual é a sua expectativa para a realização das duas competições mais importantes do esporte em Belo Horizonte?

É a melhor possível, porque teremos oportunidade de melhorar a cidade e a qualidade de vida do cidadão. Independente da Copa, vários projetos estão em andamento na Prefeitura, visando a melhoria da qualidade de vida de todos, como as diversas intervenções viárias, mas é claro que a competição é um fator que ajuda a captar recursos e melhorar diversos aspectos da cidade. Especificamente em relação aos jogos, temos certeza que a cidade terá um papel de destaque na Copa. Além disso, será uma excelente oportunidade para investirmos no esporte como ferramenta fundamental da educação, o que trará muitos frutos a longo prazo.
Publicado em: 21/10/2009, no Jornal O Tempo

Ciclofaixas e Ciclovias:Vereador de São Caetano do Sul propoê construí-las nesta cidade.

Proposta é mais abrangente, pois visa incentivar transporte de bicicletas por um sistema cicloviário interligado na cidade, com ciclovias, ciclofaixas, bicicletários e paraciclos O vereador Fabio Palacio (PR), vice-líder do Governo na Câmara Municipal de São Caetano do Sul, protocola indicação visando à criação de ciclofaixas, que trata de uma ligação direta entre os principais pontos de lazer do município. Uma das ideias é implementar aos domingos ciclofaixas ao longo da Avenida Tijucussu, no Bairro Olímpico, interligando a ciclovia da Avenida Presidente Kennedy com a Rua Visconde de Inhaúma. “A proposta é ainda mais abrangente, pois visa criar um sistema cicloviário interligado na cidade, com ciclovias, ciclofaixas, bicicletários e paraciclos. Queremos que as novas vias públicas, pontes, viadutos e túneis já tenham espaços destinados ao acesso de circulação de bicicletas. A ideia é incentivar este tipo de transporte não só como lazer, mas de forma a contribuir para o desenvolvimento da mobilidade sustentável”, ressalta Palacio. Essa medida é compromisso do vereador junto ao Meio Ambiente, visto que na cidade de São Paulo foi recentemente inaugurada uma ciclofaixa ligando os parques do Povo e Ibirapuera, num trajeto de 5 Km, que funciona aos domingos das 7 às 12 horas e atende uma grande parte da população que utiliza bicicleta como veículo de lazer. A implementação de ciclofaixas em São Caetano é originária de reuniões de prestação de contas do seu mandato que estão sendo realizadas toda semana. “Nada é mais gratificante do que receber ideias e propostas como essa”, diz o vereador. De acordo com a indicação, a ciclofaixa consistirá numa faixa exclusiva destinada à circulação de bicicletas, delimitada por sinalização específica, utilizando parte da pista, conforme previsto no Código Brasileiro de Trânsito. Deverá ser utilizada somente em casos especiais para dar continuidade ao sistema cicloviário ou em parques.

VLT é defendido por blogueiro como alternativa de mobilidade sustentável

"Bin ich auch eine klapperschlange?" Essa pergunta está escrita no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Zurich, denominados de "Cobra" e projeto do grande estúdio de design italiano Pininfarina. Zurich é a cidade campeã mundial de qualidade de vida e o VLT é o veículo da mobilidade sustentável utilizado em nove das dez melhores cidades em qualidade de vida. No entanto, o VLT nada mais é do que o bonde moderno, operando numa faixa de capacidade de passageiros abaixo do metrô, acima do monotrilho e praticamente igual ao TRO – Transporte Rápido por Ônibus, um sistema de ônibus moderninho e cheio de bossa como o de Curitiba e Santiago.
Atualmente, devido a capacidade de ultrapassagem dos ônibus nos pontos de parada se diz que o TRO tem capacidade maior o que, aliado a um preço de implantação menor, parece uma combinação vencedora. Para cidades acostumadas com congestionamento o TRO é um avanço. E só. Barulho de motor, barulho de lona de freio vencida, cheiro de fuligem, de pneu queimado, paradas e curvas bruscas... tudo continua numa dose menor. Apesar de extremamente caro, o VLT retorna cada centavo investido pela cidade tornando-as mais prazerosas. Na América Latina, somente agora Brasília fez um contrato com a empresa francesa Alstom e com a construtora brasileira Mendes Junior visando a copa do mundo de 2014. No entanto, a grande novidade para as cidades de todo o mundo é o VLM (Veículo Leve Magnético), uma novidade brasileira projetada pela COPPE, o centro de pesquisas de classe mundial da UFRJ, que pela primeira vez utiliza a tecnologia de supercondutores para transformar o uso da levitação magnética em um eficiente meio de transporte urbano. É o Maglev-Cobra, que já tem a parceria do BNDES e terá uma pista experimental funcionando no ano que vem com uma linha no campus do Fundão.
Hoje, o transporte urbano é o grande responsável pela emissão de poluentes, o que leva a crer que os setores ambientais é que devem ser a vanguarda na luta pela mudança da matriz de transporte. Como a tecnologia é nacional, ele terá um custo de implantação significativamente menor que, aliado a um custo operacional menor, promete revolucionar o transporte urbano no próximo século. Antes, alemães e japoneses desenvolveram a tecnologia eletromagnética e eletodinâmica para transporte a altas velocidades, como o Transrapid implantado pelos alemães na cidade chinesa de Xangai e que circula a 450 km/h. A velocidade impressiona, mas a grande vantagem do VLM é mesmo o baixo impacto ambiental.
O Rio deve estrear o projeto e inaugurar uma linha comercial até 2011 entre o Aeroporto Santos Dumont e o Aeroporto do Galeão, mas sofre a concorrência de Manaus e outras cidades. Mas é Belo Horizonte quem tem tudo para sair na frente com uma linha de 4,5 km entre a Estação Vilarinho do Metrô e o novo Centro Administrativo de Minas Gerais, belíssimo projeto de Oscar Niemeyer e que a cidade ficou devendo um transporte a altura.
É hora das cidades brasileiras acordarem e participarem do projeto certo se querem participar da rede de cidades que oferecem qualidade de vida com dinamismo econômico. E se não querem levar uma picada no pé investindo no transporte errado. Afinal, a pergunta em alemão no VLT de Zurich brinca se além de Cobra ele não seria uma Cascavel.

Com a ausência de grandes montadoras, japoneses se concentram em carros "verdes"

Indústria Automobilística
Esvaziado, salão de Tóquio vê domínio de montadoras japonesas

No lugar dos conceitos e esportivos, carros híbridos e elétricos concentram os holofotes dos lançamentos expostos no Salão do Automóvel de Tóquio, que foi aberto para a imprensa nesta quarta-feira. Com a ausência de grandes montadoras como Ford, Chrysler, GM e Fiat, as marcas japonesas dominam o evento com novas tecnologias mais preocupadas com o futuro do meio ambiente.

Este ano, apenas dez montadoras participam: oito japonesas e duas estrangeiras (Lotus e Alpina). Na edição anterior, o salão contou com nove montadoras japonesas e 26 estrangeiras. Contando com as fabricantes de carros comerciais, acessórios e motocicletas, o salão terá neste ano 108 expositores. É a feira com menor número de participantes desde a sua criação, em 1954.

Com projeto de lançar um carro elétrico em 2012, a Toyota mostra pela primeira vez uma nova versão do conceito FT-EV II, movido a bateria, assim como um híbrido do Prius. "A Toyota não está se limitando a carros híbridos de gasolina e eletricidade. A era de reinventar os automóveis está próxima", afirmou o presidente da montadora Akio Toyoda.

A Nissan apresentou o "Land Glider", que tem apenas 1,1 m de largura e leva duas pessoas - uma na frente e outra atrás. O modelo foi inspirado nas motocicletas e aeroplanos, com rodas que inclinam até 17 graus nas curvas. Além disso, a terceira maior montadora japonesa mostra o Leaf, carro elétrico que a empresa espera começar a vender em 2010.

"O Leaf vai produzir uma onda na indústria por ser o primeiro carro acessível com emissão zero (de poluentes)", afirmou o diretor-executivo Carlos Ghosn. "A mobilidade sustentável está ao nosso alcance. Estamos no limiar de uma nova era na indústria automotiva", completou.

Esta transformação da Tokyo Motor Show demonstra a revolução que está acontecendo no mercado automotivo japonês e mundial, segundo os especialistas. "O conceito de veículo está mudando. Até agora, o carro eram um símbolo do status social. Quanto mais dinheiro se tinha, maior era o veículo. Agora, as pessoas compram carro basicamente para se deslocar e já não predomina o design ou a velocidade", explicou o analista Tatsuya Mizuno.

Esta mudança se acelerou com a crise econômica e com a chegada de uma geração de motoristas muito mais preocupados com os problemas do meio ambiente. A recessão também levou os fabricantes a diminuir a produção de carros esortivos, que, era, a seu ver, um meio de associar o veículo à velocidade e à virilidade.

Com informações da AFP.

Projeto de novas ciclovias em Ribeirão Preto-SP

DANIELLE CASTRO
Gazeta de Ribeirão
danielle.castro@gazetaderibeirao.com.br

A Secretaria de Planejamento e Gestão Pública incluirá ciclovias em todos os novos projetos de vias para Ribeirão Preto. A Zona Sul, que ganhará cinco novas vias de acesso, e a Leste, onde a expansão urbana está em discussão, devem ser as primeiras afetadas pela decisão.

De acordo com o secretário de Planejamento, Ivo Colichio, foram os estudos para duplicação da Avenida Henry Nestlé, onde o tráfego de bicicletas é intenso, que motivaram o investimento na nova forma de circulação. “Hoje temos ciclovia só na Leão 13, onde passa pouca gente, mas, já prevendo uma mudança de filosofia, queremos implantar em todas as avenidas que estamos abrindo e, se possível, nas existentes”, disse Colichio.

Uma cidade mais ecológica e bonita faz parte do plano de governo de Dárcy Vera, segundo Colichio. Exemplo disso é que o projeto de duplicação da Henry Nestlé ganhou espaço para paisagismo. “A infraestrutura na duplicação já estava prevista, mas incluímos o paisagismo, que não deve ficar caro e tornará a região mais bonita. Vamos ter inclusive um parque em volta da lagoa.” As obras devem ser entregues ano que vem, mas a data dependerá das chuvas e da negociação com proprietário para doação de faixas de terrenos para a expansão da via —o objetivo é evitar processos judiciais (e longos) para desapropriação. O secretário de Obras, Abranche Abdo, disse que não recebeu o projeto para orçar os custos.

VIADUTO. A Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP) declarou em nota que o sistema viário de Ribeirão corre o risco de se tornar obsoleto com o crescimento do número de veículos. De acordo com o engenheiro civil Roberto Maestrello, da associação, um dos pontos de congestionamento mais graves está entre os bairros Vila Abranches e Lagoinha, na Zona Leste, onde há somente um viaduto. Para ele, seria preciso mais um para ligar a Henry Nestlé (isolada de um lado da Rodovia Anhanguera) à Avenida Guadalajara (presa do outro lado). Abranche afirmou que a verba para o viaduto já foi solicitada por Dárcy ao Estado, mas que ainda não houve resposta.

Comur deve votar lei até terça que vem

O Conselho Municipal de Urbanismo de Ribeirão Preto (Comur) votará até terça que vem o projeto da Lei do Puxadinho. Ontem no final da tarde, os conselheiros participaram de uma reunião com a Secretaria de Planejamento e Gestão, na qual teriam acesso a detalhes da proposta, que já está na terceira redação. De acordo com Honyldo Roberto Pereira Pinto, conselheiro e presidente da Associação de Moradores do Jardim Canadá, a Prefeitura só havia repassado ao conselho até então uma minuta do projeto, o que inviabilizava um parecer. O promotor Antonio Alberto Machado, de Habitação e Urbanismo, afirmou que aguarda a decisão do Comur para analisar e decidir sobre o caso. Em nota, Ivens Telles Alves, da Associação de Moradores da Ribeirânea, declarou que “qualquer redação que se dê ao projeto de lei do Puxadinho fere o Código Sanitário do Estado de São Paulo e, expõe o engenheiro ou arquiteto a punição”. (DC)

Filiem-se a UCB (União dos Ciclistas do Brasil)

Prezado/a Amigo/a,
A UCB tem a honra de convidá-lo para tornar-se nosso Associado.
Você está recebendo essa mensagem porque se cadastrou no sítio www.uniaodeciclistas.org.br para receber informativos, mas podemos fazer mais se nos unirmos efetivamente.
A UCB congrega ONGs, mas também aceita e estimula a associação de pessoas físicas que desejam fortalecer nosso objetivo principal de “promover o uso da bicicleta como meio de transporte, lazer e esporte".
A UCB agirá em em nível federal, reivindicando ao governo, ao parlamento e ao judiciário as medidas necessárias para a melhoria das condições de uso da bicicleta no Brasil. Além disso, a UCB articulará informações e comunicação entre as ONGs e as pessoas que se interessam pela bicicleta.
Assim sendo, em anexo encontra-se uma Ficha de Associação em formato Excel. Preenchendo-a e enviando-a para ucb@uniaodeciclistas.org.br você se tornará um "Associado Indivíduo" da UCB.
O Associado Indivíduo não paga anuidade e não assume compromisso de atuar em atividades ou de comparecer nas Assembléias da UCB, mas tem direito a faze-lo, inclusive podendo ser indicado por alguma ONG associada da UCB para participar de sua estrutura administrativa. De qualquer forma, o Associado Indivíduo é um apoiador das lutas da UCB em prol da mobilidade ciclística.
Na Ficha de Associação consta o texto do Estatuto da UCB, para conhecer mais detalhes sobre os objetivos e o funcionamento da UCB e os direitos e deveres do Associado Indivíduo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Zambianos criam bicicletas fabricadas com bambu.

out 18, 2009 Escrito por Phellipe Sousa em Artigos
E o Bambu? –
No subúrbio de Lusaka, Zâmbia, a próxima geração de bicicletas está sendo produzida por Bejamin Banda.

“Nós plantamos esse bambu ano passado e ele já está mais alto que eu”, disse Banda à rede de notícias BBC, “quando estiver pronto iremos cortá-lo, tratá-lo, e transformá-lo em uma bicicleta”

Banda é o zelador da Zambikes, uma empresa aberta por dois californianos com o intuído de fabricar bicicletas fortes o suficiente para suportar o terreno local.

O Co-fundador, Vaughn Spethmann, lembra como tudo começou, “Estávamos numa viajem com a universidade, e decidimos fazer uma competição de futebol com os nativos. Após a competição perguntamos o que eles faziam, eles disseram ‘Nada’, eles não tinham emprego”.

Foi então que os dois decidiram abrir um negócio que poderia ser um fonte de emprego e ao mesmo tempo disponibilizar um produto útil. Da empresa saíram bicicletas que não serviam meramente para o leve transporte, mas também bicicletas de carga, uma bicicleta-trailer e uma “zambulância”, hoje usada em dez clínicas em Lusaka.

Enquanto isso, um designer de bicicletas de Santa Cruz, Craig Calfee já estudava a substituição do metal da bicileta por bambu, devido à força e ao baixo peso da planta.

Calfee planejava produziras bicicletas em países em desenvolvimento, distribuí-las nos Estados Unidos e dividir os lucros. Ele já havia aberto uma fábrica em Accra, Ghana, e procurou por mais produtores de bicicletas de bambu, os quais ele apelidou de “Bambooseros”. Logo, uma parceria com a Zambikes foi feita, e logo obteve-se aumento na produção das bicicletas de bambu.

A parceria gerou felicidade, já que produtos produzidos na Zâmbia serem exportados para os Estados Unidos não é tão usual. Os motivos variam, dificuldade de gerar capital em Zâmbia, ferramentas e matéria-prima são caríssimos, baixa quantidade de mão de obra qualificada e alta quantidade de burocracia.

Mas visto que a produção não é tão cara, dado ao baixo custo da matéria prima, era uma chance única. Além de ter pouquíssimo impacto no ambiente.

Mas seriam as bicicletas um sucesso? Calfee acredita que sim, baseado nos diversos pedidos que tem recebido, antes mesmo de lançar as bicicletas.

O Coordenador de Operações, Divilance Machilika, observa um dos produtores testando um exemplar da bicicleta no pátio da fábrica: “Eu já posso ver elas vendendo bem na América. Eles vão gostar porque é natural.” Machilika dormia numa tenda do lado de fora enquanto a fábrica era construida.

Um dos fundadores, Mwewa Chikamba diz que Machilika é um exemplo do que a Zambikes queria atingir.

“Nunca foi apenas para construir bicicletas. Nós queríamos dar aos nossos funcionários habilidades práticas e recompensá-los pelo seu trabalho. Nós queríamos mudar vidas”

Os funcionários também recebem assistência como treinamento de negócios e empréstimos discricionários – Machilika usou um empréstimo para comprar um terreno.

“Eu quero construir três casas, vou usar o dinheiro do empréstmo para abrir meu próprio negócio e contratar mais gente”

Ao invés de incentivar o interesse, a Zambikes pede aos seus funcionários para demonstrar que o dinheiro investido neles beneficia a sua comunidade. Perseverança, inovação na produção e na prática do trabalho levou a Zambikes a fincar raízes fortes. Mas num cenário econômico que deixa a desejar, não é surpresa que eles ainda não estejam vendo lucro. Mas se as bicicletas fizerem tanto sucesso quanto Calfee acredita, essa situação está propensa a mudar.

Curitiba estuda retomada das ciclovias

Publicado em 19/10/2009
Curitiba deve voltar a investir nas bicicletas como meio de transporte. Os técnicos do Ins­tituto de Pesquisa e Plane­jamento Urbano de Curitiba (Ippuc) estão em fase de elaboração do novo Plano Diretor Ci­­cloviário. As primeiras ciclovias foram implantadas em Curitiba há cerca de 30 anos, visando apenas ao lazer. O atual objetivo é ampliar a quilometragem das vias destinadas a bicicletas e montar estrutura que permita o uso da bike como verdadeiro meio de transporte. Atual­mente, existem cerca de 100 quilômetros de pontos próprios para bicicletas, sendo 70 de calçadas compartilhadas e 30 de ciclofaixas.
“O plano vai prever as diretrizes para a ampliação da infraestrutura e o mobiliário urbano adequado”, explica a arquiteta Maria Miranda, coordenadora de mobilidade urbana e transportes do Ippuc. Ainda não existe prazo para conclusão do projeto, nem estimativa de aumento das faixas exclusivas. “É preciso que as ciclovias e ciclofaixas estejam em pontos estratégicos, em polos de movimentação de pessoas”, diz. A intenção é que as vias se espalhem por todos os bairros da capital, criando a possibilidade de integração do ciclista com o transporte coletivo.

* Saiba mais
* Bicicleta, de utopia a alternativa

Os novos caminhos, contudo, não devem surgir em curto prazo. A conclusão do Plano Diretor não significa o imediato início das intervenções – no médio prazo, devem ser criados 40 quilômetros de opções para ciclistas. “Nem sempre são obras simples e baratas, porque também mexem com infraestrutura viária”, explica Maria.
Locação
Além de ciclovias e ciclofaixas, o Ippuc visitou o Rio de Janeiro para conhecer o sistema de locação de bicicletas – também usado em diversas cidades do mundo, como Paris. O novo serviço está em etapa de estudos de viabilidade. “No caso do Rio, a empresa responsável recebe pelas tarifas e pela publicidade. Estamos avaliando se esse modelo poderia funcionar em Curitiba”, diz a arquiteta.

Bicicleta, de utopia a alternativa segunda-feira, outubro 19, 2009 Por Jornalismo RTVNET

BicicletaeTrabalhoHolanda, Colômbia e Brasil têm exemplos bem-sucedidos de cidades que investem na magrela

Embora possa parecer utopia ou loucura, a bicicleta pode ser um dos meios para desafogar o trânsito das cidades brasileiras. Exemplos bem-sucedidos não faltam. Em Utrecht, na Holanda, 39% dos habitantes vão trabalhar de bicicleta e 12% voltam com ela. A discrepância se deve ao serviço de locação de bicicletas públicas, espalhado pelo país e um dos responsáveis pela magrela representar 26% de todas as “viagens” holandesas. “Mobilidade significa acessibilidade com o menor custo, por isso a bicicleta é usada por todos: ricos ou pobres”, relata o holandês Roelof Wittink, diretor da Interface for Cycling Expertise, ONG que batalha pela disseminação da magrela no mundo.

A opção pela bicicleta não é exclusiva do Primeiro Mundo. O que dizer de Bogotá? A capital da Colômbia construiu 240 quilômetros de ciclovia em três anos. Resultado: o abandono do automóvel. “Bogotá mostrou que é possível, basta ter visão para o futuro”, afirma Wittink. “Ela tornou a bicicleta atrativa, mudando a perspectiva da cidade, criando um guia a ser usado pelas cidades.”

Não se pode pensar, porém, que a bicicleta é uma solução solitária. “É preciso haver interação com o transporte público, para que as pessoas tenham meios confortáveis de chegar ao trabalho”, diz o holandês.

Mesmo sendo mais próxima, pode-se dizer que a Colômbia não é uma referência apropriada para o Brasil. Que tal, então, Sorocaba? Nos últimos anos, a cidade paulista distribuiu 50 quilômetros de ciclovias pelas principais vias, e a aceitação da população já faz com que estejam previstos novos 50 quilômetros de ciclofaixas. Objetivo: formar rede de vias onde o ciclista rode com segurança. A estrutura, obviamente, não foi esquecida: bicicletários e estacionamentos próximos ao principal terminal de ônibus urbano foram construídos.

Existe, para Wittink, uma única verdade sobre planos cicloviários em todo o globo. “Se há a intenção de promover a bicicleta, é necessário investir”, diz. Por investimento, o holandês entende os mecanismos estruturais (ciclovias, ciclofaixas, bicicletários e estacionamentos) e a propaganda. “Cada cidadão pensa que sabe tudo sobre transporte”, avalia. “É preciso convencê-lo de que existem benefícios na implantação da política.”

O marketing colabora na disseminação do conceito de segurança e divisão do trânsito com as bicicletas. Na Holanda, por exemplo, a propaganda auxiliou a propagar o limite de 30 quilômetros por hora para carros em vias compartilhadas.

Coragem

O vice-prefeito e secretário de Transportes, Mobilidade e Ter­mi­nais de Florianópolis, João Batista Nunes, afirma que o baixo investimento em bicicletas pelo Brasil pode ser explicado pelo te­­mor de que o plano cicloviário in­­terfira nas próximas eleições. “Os governantes precisam ter coragem para encarar a população e criar maneiras de valorizar o transporte público e a bicicleta”, opina. Em Flo­­­­ria­nópolis, ciclovias e faixas exclusivas para o sistema coletivo levaram muitos “manezinhos” a loucura.

Nunes defende o mesmo tipo de incentivo às indústrias automobilísticas para cidades que estejam investindo em alternativas que favoreçam o uso de transportes dis­tintos. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é considerada uma verdadeira “fa­­cada” na luta pela sustentabilidade. “O governo federal não otimiza esforços na batalha contrária [ao automóvel]. E o preço que vai se pagar por esse apoio, especialmente no setor ambiental, será irreparável”, diz. A arquiteta Maria Miranda, coordenadora de mobilidade urbana e transportes do Ins­tituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), tem opinião semelhante. “A crise fez com que o governo incentivasse a venda de veículos. Salvou a economia no momento, mas pode criar um problema posterior”, afirma.

Benefício na saúde

No Brasil, não se coloca os benefícios das bikes na ponta do lápis. Eles são mais amplos do que simplesmente diminuir o tempo enfrentado pela população nos engarrafamentos. De acordo com Giselle Noceti Ammon Xavier, professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e incentivadora da magrela, alguns estudos já comprovam que a magrela pode diminuir os custos de saúde para o poder público. “Já foi comprovado que usar a bicicleta como transporte é suficiente para a prevenção de doenças, como as cardíacas”, explica. No Brasil, esse tipo de enfermidade responde por cerca de 17 milhões de mortes no mundo – no país, foram 270 mil óbitos em 2002.
Como fazer

Apesar de parecerem simples e óbvios, esses cinco critérios foram levados em conta na hora de criar o plano cicloviário de Utrecht, na Holanda:

- Coerência – Há necessidade de que a infraestrutura cicloviária seja interligada com outros meios de transporte público. A organização deve levar em conta que a ligação precisa ser feita entre pontos estratégicos das cidades.

- Rotas – Os cursos das ciclovias devem sempre ser diretos. Os grandes contornos são verdadeiros inimigos para a criação de uma mentalidade de uso da bike.

- Atrações – As ciclofaixas precisam criar ambientes atrativos e confortáveis. Não se deve pensar apenas no paisagismo, mas em rotas que possam evitar o conflito com outros veículos.

- Conforto – Revestimento de asfalto de qualidade – sem buracos – e poucas paradas. Além disso, é necessário tentar evitar que o ciclista se desmonte da bicicleta com frequência.

- Segurança – Deve estar presente em cruzamentos e, se necessário, em ambientes em que exista convivência com outros veículos. Também é necessária na manutenção da via, levando em conta aspectos de iluminação e policiamento.

Fonte: Gazeta do Povo

domingo, 18 de outubro de 2009

Blog de Jornalista traz relato sobre sua experiência pedalando na Europa

sábado, 17 de outubro de 2009
A cidade que não precisa de Dia Mundial sem Carro
Quando planejei fazer a rota Berlin-Copenhagen nem me dei conta de que chegaria na capital Dinamarquesa exatamente no Dia Mundial sem Carro. Quando percebi, fiquei mais empolgada ainda. Fiquei imaginando quanta coisa bacana não deveria rolar por lá nesse dia. Critical mass, ruas interditadas para os carros... enfim... devia ser incrível.

Um pouco antes de embarcar para a Alemanha, comecei a pesquisar se existia algum site da massa crítica dinamarquesa. Nada! Achei alguns sites e blogs de grupos que pedalam por lá. Mandei e-mails e a resposta que recebi foi: "Copenhagen tem 500 mil ciclistas que pedalam diariamente pela cidade. Isso é uma tremenda massa crítica diária, não?! Nós não precisamos de Dia Mundial sem Carro!".

A resposta foi um tremendo balde de água fria ao mesmo tempo que pensei "poxa, essa cidade deve ser realmente genial para os ciclistas". Uma cidade onde 30% da população utiliza a bicicleta como meio de transporte, realmente, não deve precisar se mobilizar para o Dia Mundial sem Carro. Não deve precisar de massa crítica. Não deve ter que se preocupar com nada.

Ao longo da viagem pela Dinamarca, antes de chegarmos em Copenhagen, ouvimos muita gente dizer que lá era a cidade dos ciclistas, que as bicicletas ganharam tanto espaço, tantos recursos, que logo logo iriam criar uma massa crítica dos veículos motorizados, reinvidicando mais espaço para eles! Ficávamos imaginando o paraíso que devia ser aquele lugar!

E foi no dia 22 de setembro, por volta das 14h, que chegamos em Copenhagen. Sim, haviam muitas, muitas bicicletas. Ciclistas que pedalam rápidos e agressivos. Pedem para você sair da frente, se aglomeram nos semáforos exclusivos de bicicletas, causam congestionamentos nas ciclofaixas... uma verdadeira loucura. Ficamos assustados. Assustados porque a impressão que se tem é de que as bicicletas não foram a solução para o caos da cidade grande em Copenhagen. Elas fazem parte do caos. Muitos ciclistas até lembram os motoristas estressados de São Paulo.

Por falar em motoristas... também haviam muitos deles por lá. Muitas bicicletas e muitos carros. A população diz que há mais bicicletas do que carros na cidade. Mas ninguém nega que, ainda assim, há bastante veículos.

No final das contas, a conclusão que se chega é que Copenhagen é linda e um lugar incrível para se conhecer de bicicleta - mas esteja preparado para ouvir ciclistas estressados pedindo passagem. E ainda que o trânsito de bicicletas seja um tanto quanto caótico, ainda é infinitas vezes melhor do que o caos do trânsito de motorizados. Pedalar é maravilhoso em qualquer lugar e os moradores de Copenhagen se orgulham do "caos ciclístico" da cidade. Mas, uma coisa é certa: Copenhagen precisa, sim, de massa crítica e de um Dia Mundial sem Carro.
Evelyn Araripe
São Paulo, SP, Brazil
Jornalista que pegou sua bicicleta, saiu pela cidade, descobriu lugares, pessoas, e aprendeu a olhar as coisas de um jeito diferente

Visitem este blog é de muito bom gosto e ambientalmente correto

Objetos de decoração feitos apartir de bicicletas
Veja essa coleção de objetos de decoração da Elsewares, feitos a partir de correntes e engrenagens de bicicletas recicladas. Com um design simples, charmoso e prático, os objetos impressionam pela beleza e modernidade.

Ciclistas se unem para saudar a Virgem de Nazaré

Hoje é o dia dos ciclistas prestarem homenagens à Virgem de Nazaré. Segundo estimativas da diretoria da festa, dois mil ciclistas devem participar da 6ª ciclorromaria percorrendo quase 10 quilômetros por alguns bairros da cidade.

De acordo com Kleber Vieira, a ciclorromaria surgiu em 2004 como uma forma de atender as solicitações das pessoas que utilizam as bicicletas como seu principal meio de transporte, e que se sentiam excluídas diante da existência de romarias para todos os outros veículos.

A procissão percorre várias ruas da cidade com duração aproximada de duas horas. A romaria passará por alguns bairros como Nazaré, São Brás, Guamá, Cremação, Jurunas e Batista Campos.

Segundo o diretor é uma romaria alegre e que conta com a participação da comunidade que enfeita suas casas e espera os ciclistas em frente às residências. “Além de ser uma romaria perfeita para toda a família”, completa

Adultos e crianças podem participar. Os ciclistas são guiados por um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que leva a imagem da santa.

RETORNO

Após percorrer 13 ruas da cidade divididas em seis bairros, a procissão retorna à Praça Santuário onde os ciclistas recebem as bênçãos de um padre e participam de sorteio de prêmios.

Ao final da romaria, a diretoria da festa escolhe as cinco bicicletas mais enfeitadas. Os dois primeiros lugares recebem uma bicicleta como prêmio, os demais, artigos para ciclistas. (Diário do Pará)

sábado, 17 de outubro de 2009

Blog Action Day - Exija ciclovia!

O Blog Action Day é um evento anual da blogsfera que reúne blogs do mundo todo para uma causa. Este ano o tema é Mudanças Climáticas. O grande objetivo é chamar a atenção para temas de relevância mundial e ampliar a discussão.

Resolvi postar sobre a falta de ciclovias e políticas favoráveis ao uso da bicicleta como transporte em São Paulo. Aqui a maioria dos carros leva apenas uma pessoa, o transporte público é ineficiente e há pouco incentivo para transportes alternativos como a bicicleta. Como consequência, mais CO2.

Quero aproveitar o exemplo de Amsterdã, onde morei por 2 anos. Lá a bicicleta é unânime e tem a preferência no trânsito. Amsterdã, uma cidade muito menor que São Paulo, tem 400km de ciclovia, enquanto aqui temos menos de 40km.

Além disto, em Amsterdã há investimentos sérios da prefeitura para estimular o uso da bicicleta. Aí estão mais ciclovias, regras de trânsito onde a bike tem preferência, estacionamentos, ligação com o transporte público, etc, etc...

O interessante é que um estudo revela que quanto maior o número de ciclistas no trânsito, mais seguro, pois os motoristas de carros prestam mais atenção ao realizar suas manobras.
Aqui há iniciativas como os bicicletários em metrôs, algumas ONGs que lutam para aumentar o uso, empresas com estacionamento de bicicleta e vestiário... todos tentando mudar este cenário.
Vamos fazer nossa parte. Divulge no seu blog, use menos carro, cobre quem você elegeu.
Para ilustrar o post, veja pessoas que optaram pela caminhada ou adotaram a bicicleta como transporte em Amsterdã.

Postado por Marcio Nel Cimatti

Bicicletas motorizadas

Um dos destaques do Salão Duas Rodas que terminou neste fim de semana em São Paulo foram as populares "magrelas". Claro que com a modernidade elas sofreram transformações e uma delas é que agora existe a versão motorizada que pode percorrer até 14km por hora.
A Sundown, que fabrica também bicicletas comuns, aposta nas elétricas e expõe um modelo que chegará em 2010 por R$ 1.890, cerca de 35% menos que a moto mais barata, a Hunter.
Mas só as bicicletas elétricas têm pedal e motor movido a eletricidade --a recarga na tomada leva oito horas e gera autonomia de cerca de 50 km.
Postado por Blog da Gazeta Maringaense às 07:14

Invasão das bicicletas em NY

A Broadway, a rua mais famosa de Nova York, foi tomada pelas bicicletas. Em um ano, o número de ciclistas na cidade pulou de 100 mil para 185 mil. Em 2009, a prefeitura passou o marco das 200 milhas (320 quilômetros) de ciclovias instaladas. O projeto é chegar a três mil quilômetros daqui a 20 anos. Ainda está longe de países como a Holanda, onde há mais bicicletas do que habitantes. Apenas 2% dos nova-iorquinos pedalam. Mas para os padrões do resto dos Estados Unidos, onde o automóvel é rei, a cidade avançou muito nos últimos anos. As duas rodas foram adotadas pelos jovens e por muitos imigrantes, como porto-riquenhos, que instalam nas bicicletas buzinas de caminhão. Nova York virou a capital nacional da bicicleta, a grande cidade americana com o maior número de ciclistas. Para os nova-iorquinos, pedalar está na moda.
Portal ARQUITE.......TANDO

Escola promove o uso de ciclovias em Praia Grande

Um grupo de 180 alunos da E.M. Prof. José Júlio Martins Baptista, no Bairro Sítio do Campo, participou, nesta quarta-feira (14), de um passeio ciclístico em Praia Grande. Eles percorreram um trecho de 2.200 metros, entre a escola e a Área de Lazer Ézio Dall’Acqua, o Portinho (próximo ao Portal de Praia Grande). O evento faz parte do projeto “Ciclista sim, mas com responsabilidade”, que tem apoio da Secretaria de Educação.

Para vivenciar, na prática, o uso correto da ciclovia e a segurança no trânsito, os estudantes, com bicicletas, concentraram-se em frente à porta da escola e saíram em direção ao Portinho, utilizando a ciclovia da Avenida dos Trabalhadores, que fica a uma quadra da escola. O grupo seguiu até o trecho do Terminal Urbano Tude Bastos e, de lá, continuaram o passeio pela ciclovia da Avenida Ayrton Senna.

No Portinho, os alunos realizaram jogos recreativos e um lanche. Durante a maior parte do trajeto, eles foram acompanhados por professores, também em bicicletas, e viaturas da Guarda Municipal e da Secretaria de Trânsito e Transporte. “A bicicleta é o meio de transporte mais usado pelos alunos e os pais deles aqui no bairro. Com esses passeios eles aprendem na prática questões relativas ao trânsito”, disse a diretora da unidade, Luciana Rocha Augustinho Muniz da Cunha.

A aluna Talita Vital, 12 anos, afirmou que foi bom deixar a sala de aula por algumas horas e aprender algo na prática. “Foi legal sair da escola e ir de bike para outro lugar. Foi ótimo para aprendermos mais sobre trânsito, para andar com responsabilidade”.

O estudante Luís Henrique Santos, 13 anos, também acredita na maior conscientização de seus colegas que participaram do passeio ciclístico. “Acho isso importante porque as pessoas têm de saber pedalar com consciência. Nós aprendemos hoje a dar mais valor à ciclovia e agora vou andar com mais respeito às leis de trânsito”.

A chefe da Seção de Educação e Segurança no Trânsito, Elaine Fornazieri, disse que o evento é importante para formar as futuras gerações. “A escola José Júlio tem um compromisso muito grande com a cidadania com gestos como esse. As crianças formam fortes valores a partir dessa iniciativa, que ajuda na conscientização de futuras gerações”.

Gazeta do Litoral
[ 13:46 ] Sexta-feira
16 de outubro de 2009

Praia Grande Escolas recebem jogo educativo sobre trânsito

Por: Depto. Imprensa - Prefeitura Municipal de Praia Grande

As 52 escolas municipais de Praia Grande começaram a receber as 24.303 unidades do jogo da memória Certo x Errado no Trânsito. O brinquedo educativo será entregue aos alunos nesta segunda-feira (19), às 10 horas, na Escola Municipal Maestro de Arruda Paes, Rua Quatro 921, Bairro Nova Mirim. Além do jogo, os estudantes assistirão ao teatro de fantoches com a peça Chapeuzinho e o Lobo no Trânsito 2: O Passeio e ganharão revistinha em quadrinhos para colorir, baseada na apresentação teatral.

O jogo da memória com 32 cartas, traz situações relacionadas a infrações de trânsito e formas corretas de agir. As circunstâncias são diferenciadas pelas cores verde e vermelha. “São situações reais, baseadas em infrações e queixas que recebemos, tais como pedestres caminhando na ciclovia e as crianças brincando na Via Expressa Sul”, explica a chefe da Seção de Educação e Segurança no Trânsito, Elaine Fornazieri.

Para exemplificar as situações, as cartas são ilustradas com os principais pontos da Cidade, como a Via Expressa Sul, ciclovia da orla e Praça de Integração dos Bairros (Praça das Bolas). “A intenção foi trazer para o cotidiano as situações propostas no jogo. Uma forma fazer com que aprendam brincando e ao mesmo tempo se identifiquem e tragam esses conhecimentos para a realidade”.

O jogo será distribuído para alunos do Infantil II, do Ensino Infantil e do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental. “O jogo tem texto e imagem. Por este motivo pode ser acompanhado por crianças de diferentes idades. Quem ainda não foi alfabetizado também pode compreender, até mesmo pelas cores diferentes e ilustrações”, comenta Elaine.

Teatro - A Peça Chapeuzinho e o Lobo no Trânsito 2: O Passeio já foi assistida por 4.330 crianças este ano. O teatro de fantoches continua a ser apresentado nas demais escolas do Município até o dia 30 de novembro.

O enredo traz a história do Lobo teimoso que insiste em andar de bicicleta fora de ciclovia. Como na primeira edição, ele é ajudado pela Chapeuzinho e a Vovó, que se preocupam com a segurança e pedem orientações à policial rodoviária Bia e o agente de trânsito Tom.

Ciclovias – Praia Grande conta com aproximadamente 68 km de ciclovias concluídas. Já há ciclovias nos seguintes locais: 22,17 quilômetros na Avenida Presidente Castelo Branco; 20 quilômetros nas marginais da Via Expressa Sul; 3,5 km na Avenida Marginal do Bairro Melvi; 4,6 km na Avenida dos Trabalhadores; 1,4 km na Rua Sérgio Gregório, Vila Sônia; 1,76 km na Avenida Ayrton Senna; 1,2 km na Avenida São Paulo; Avenida Marechal Mallet, 2 quilômetros, e ruas Coelho Neto e Graça Aranha, Bairro Solemar, ligação praia-Kennedy, 580 metros.

Além das unidades prontas, mais três unidades estão em obras. Uma segue paralela à Via Ecológica, no Bairro Canto do Forte, que no final terá 1,7 km de extensão. No local, já estão prontos 562 metros.

Outra ciclovia será na Avenida Presidente Kennedy, principal corredor comercial do Município. Até o momento, 7,5 km de extensão já foram concluídos, do total de 9 km, que terá no final das obras. A terceira via exclusiva para ciclistas fica na Avenida Roberto de Almeida Vinhas (trecho que vai do Bairro Mirim até o Caiçara). Atualmente, já estão concluídos 3,6 km da ciclovia, que terá 10,760 km de extensão, interligando Praia Grande com a cidade de Mongaguá.

Números - De acordo com dados da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, em Praia Grande 92.573 pessoas possuem bicicletas. Destas, estima-se que cerca de 60 mil use o veículo como principal meio de transporte.

Desde que o Município começou a ganhar ciclovias, o número de acidentes envolvendo bicicletas caiu 20%, de 258 em 2004 (ano que foi realizado o primeiro levantamento sobre o tema) para 204 no ano passado. A estatística revela ainda que acidentes de trânsito envolvendo ciclistas representam 10% do total.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Saiu no Jornal A Notícia: Rua 15 de Novembro vai ganhar novas calçadas, árvores e ciclovias em Joinville

A nova cara do Centro de Joinville vai começar pela rua 15 de Novembro. Na quarta, a Prefeitura apresentou aos empresários da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) o programa Calçada Legal, que propõe a construção de calçadas padronizadas, por adesão, com a possibilidade de financiamento.

— A Prefeitura executa a obra e cobra, em parcelas, dos donos, que são responsáveis por manter as calçadas conservadas — explica o presidente da Companhia de Urbanização e Desenvolvimento de Joinville, Tufi Michereff Neto.

Nessa primeira etapa, o programa irá contemplar o trecho da rua 15 de Novembro entre as ruas do Príncipe e a Blumenau. Mas a ação não é isolada, faz parte de um projeto maior: a reforma de todo o Centro da cidade, prevista para 2010. A proposta prevê a padronização de calçadas e a implantação de uma rede interligada de ciclovias em toda a região central. Além disso, estuda-se a possibilidade de substituição da rede elétrica pela fiação subterrânea, a fim de valorizar o patrimônio arquitetônico do centro histórico.

As novas calçadas levarão em consideração aspectos paisagísticos e de acessibilidade, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O material utilizado será o paver (tijolo de cimento). Uma parte da calçada será destinada aos ciclistas, com a construção de uma ciclovia, e algumas árvores com raízes agressivas, que prejudicam a calçada, serão substituídas por espécies mais adequadas.

Hoje, quem caminha pela rua 15 de Novembro está sujeito a percalços. É fácil presenciar pessoas tropeçando em pedras soltas e até caindo em buracos. Alguns comerciantes resolveram sinalizar a existência de um buraco, em frente à Sociedade Harmonia Lyra, do outro lado da rua, com cones, depois que uma senhora caiu e machucou a perna. Neste trecho, a calçada já é nova (com paver), mas uma parte cedeu. Prevendo que tenha sido causada por vazamento, os comerciantes acionaram a Companhia Águas de Joinville.

Paris dá até 400 Euros de subsídio na compra de bicicletas elétricas.‏

Bicicleta elétrica subsídiada
A cidade continua a expandir a malha de ciclovias e agora incentiva fortemente o uso de bicicletas elétricas.
O Conselho de Paris decidiu aumentar o subsídio existente na compra de e-Scooters, incluindo agora bicicletas elétricas. Esta decisão está em conformidade com a estratégia da cidade na melhoria da mobilidade, a saúde pública e a luta contra a poluição do ar e do ruído.
O limite da ajuda é até 25% do preço de compra respeitando o máximo de 400 Euros. É aplicável a todos os parisienses.
A promoção do ciclismo é um dos alvos principais da cidade de Paris. Desde 2001, mais de 200 quilômetros de ciclovias foram concluídos enquanto outros 200 quilômetros serão construídos até 2014.
O desenvolvimento desta rede, juntamente com diversas medidas de apoio, como espaços de estacionamento para bicicletas ou a extensão do Vélib resultou em um crescimento forte no ciclismo no dia a dia da cidade

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Debate pós eleitoral em Portugal exige Mobilidade Sustentável

Leomil - Criação de percurso pedonal / Ciclovia e parque bio-saudável

Sendo esta a primeira semana após as eleições autárquicas, é normal que certas “promessas” feitas pelas listas concorrentes ao poder local estejam ainda bem frescas na memória das pessoas, e foi isto mesmo que moveu um amigo meu, Paulo Pereira, a escrever no seu blogue…
A apresentação pública deste ambicioso projecto, foi feita através do plano de intenções da lista vencedora das eleições autárquicas 2009 à Junta de Freguesia de Leomil, coligação PSD / CDS-PP, que assim mantém o anterior executivo.
A criação desta ciclovia irá proporcionar a promoção do BTT, bem como a organização de eventos, para além do uso diário de toda a colectividade, seja de bicicleta ou a pé, e ao mesmo tempo ser um incentivo à utilização da bicicleta como meio de transporte alternativo, numa estratégia de mobilidade sustentável, que é defendida a nível nacional por inúmeros municípios. O sucesso da implementação da bicicleta em corredores próprios protegidos é já visível em muitas cidades nacionais e europeias, em muitos casos é utilizada mesmo para as deslocações trabalho/casa, assim como para fins de lazer.
UM EXEMPLO A SEGUIR
Enquanto munícipe de Moimenta da Beira, solto aqui uma ideia. E porque não a Câmara Municipal criar uma rede de ciclovias pelo concelho, nas quais todos pudéssemos circular pelas belas paisagens das nossas terras, 20 freguesias ligadas por um corredor clicável, todas as aldeias e vilas ligadas por trilhos magníficos, ligaria também diferentes equipamentos desportivos, escolares e parques urbanos, articulando ainda com zonas comerciais, eu sei que o leitor dirá, este homem é um sonhador, mas seria extremamente interessante, qualquer amante de BTT e da natureza apoiaria esta obra.
A pensar no futuro, encontramos inúmeros municípios a olhar para as ciclovias como uma forma sustentável de transporte, bem como na diminuição de veículos automóveis nas estradas, para alem da prática desportiva, assim encontramos Câmaras como a do Porto que está a avançar com o projecto “Mobilidade Sustentável”, projecto a concluir até 2013, que irá beneficiar com 876 km de ciclovias toda a sua zona metropolitana, Sintra com 92 km a ligar a cidade à zona costeira, Aveiro com 46 km a ligar Estarreja a Aveiro e terminando na zona das praias, Gaia e Espinho estão na fase terminal da conclusão de uma ciclovia com 56 km de extensão, que se inicia por baixo da ponte da Arrábida e termina em Espinho, sempre à beira-mar.
A Junta de Leomil ruma em direcção ao futuro, só a ideia já é um passo em frente, um passo enorme, mas aproveito aqui para deixar um alerta, já que deram este passo, procurem que a criação da ciclovia seja o melhor possível e que tenha condições para receber várias vertentes, por vezes o Arquitecto ou o Engenheiro olha para o papel e faz como acha mais bonito, procura a imagem mais apelativa para captar o olhar, procurem falar com pessoas ligadas ao pedal e com conhecimentos para vos poderem explicar porque seria melhor o percurso passar por aqui ou por ali, explicar que a via tem de ter uma largura suficiente, deve conter sinalização, não deve cruzar ou passar por estradas com movimento automobilístico, quando possível ser iluminada, ter ramais para trilhos BTT ou qualquer outra vertente do ciclismo, no fundo, obterem ajuda de quem está ligado à modalidade, pois com o mesmo orçamento podem ter uma obra muito mais grandiosa. Como tal disponibilizo-me desde já para ajudar no que poder, assim como o amigo César Bernardo, este com bem mais conhecimentos que eu, também está disponível para vos ajudar, e acredito, que muitas mais pessoas ligadas à modalidade terão enorme gosto em contribuir positivamente.
Esta vila tem potencial para isto e muito mais, força.
Como amante do BTT dou os parabéns pela iniciativa, vamos lá por essa obra a andar, esperamos que não seja só programa eleitoral e que em breve possamos todos dar umas pedaladas por essa via-do-pedal
.”

A mobilidade na agenda das principais cidades do mundo: Por José Manuel Costa


Na última quinta-feira demorei 45 minutos a cumprir o trajecto entre o Campo Grande e o Marquês do Pombal. Publiquei este pequeno “drama” no Facebook e, em poucos minutos, os comentários começaram a aparecer: devia ter feito o percurso de bicicleta, utilizar o metro, moto ou transportes públicos. São todas boas soluções. Sobretudo a última.

Segundo um estudo das Nações Unidas, em 2050 cerca de 80% da população europeia viverá numa cidade. São números alarmantes que, intercalados com a ânsia portuguesa de ter carro próprio (às vezes mais do que um), pintará de negro o cenário do trânsito em Lisboa ou no Porto – como em várias outras grandes cidades europeias e mundiais.

O assunto da mobilidade nas grandes cidades é cada vez mais discutido globalmente. Na sexta-feira, por exemplo, o Wall Street Journal publicou um excelente artigo de David Owen sobre os congestionamentos de trânsito. Segundo Owen, estes, afinal, “ajudam” o ambiente.

Este interessante ponto de vista parte do pressuposto de que os congestionamentos provocam nos condutores uma frustração tal que, assim, aumenta a possibilidade destes passarem a ser utilizadores de transportes públicos. Ou andar mais a pé.

O artigo fala também da recente nomeação de Jay Walder para presidente e CEO da Autoridade Metropolitana de Transportes de Nova Iorque. A contratação de Walder, que já trabalhou, por exemplo, na cidade de Londres, representa bem o esforço que Nova Iorque está a dedicar a este tema – que cada vez mais é um dos pontos fulcrais da gestão de uma cidade (e que, como já aqui referi, foi colocado no topo das preocupações dos candidatos à câmara de Lisboa).

“Os congestionamentos de trânsito podem, na verdade, ser benéficos para o ambiente, se tornarem [outras] opções como o metro, os autocarros, o carsharing, as bicicletas e andar a pé mais atraentes”, argumenta Owen.

O WSJ explica ainda que o tempo gasto em filas de trânsito poderia ser aproveitado pelos cidadãos a trabalhar ou a brincar com as suas crianças. É bem verdade. Por isso temos todos (cidadãos, cidade, empresas e instituições) que trabalhar para que essas mesmas crianças não passem, no futuro, por estes “dramas” diários – ou outros ainda piores.

Saiu no Blog Carioca: Prefeitos da América Latina se reúnem no Rio para a Convenção de Mobilidade Sustentável na Renovação Urbana

Hoje, cerca de 800 milhões de veículos circulam no mundo. Com o aumento da população, espera-se que até 2030 esta frota aumente para 2 bilhões, segundo o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Como estes veículos irão se locomover de maneira sustentável é um desafio para os grandes centros. Esta questão, assim como os temas emissões de CO2, aquecimento global, congestionamento e acessibilidade, será discutida durante a Convenção Mobilidade Sustentável na Renovação Urbana, que acontece nos dias 25 e 26 de novembro, no Hotel Sofitel Copacabana – Rio de Janeiro.
Pela primeira vez na América Latina um evento reunirá prefeitos das cidades latinoamericanas com mais de 500 mil habitantes, parceiros da indústria e organizações públicas e privadas para debaterem o assunto. O objetivo é repensar os modelos de infraestrutura e transporte para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Serão estudadas também formas de financiamentos e viabilidade de projetos.
A Convenção, que terá como anfitrião o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, contará com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e com o patrocínio das empresas Michelin, Bradesco, Mercedes-Benz, Shell, CAF, Magneti Marelli, Fiat, Citroën, Sofitel, VW Caminhões e Ônibus, Volvo, Amil e Scania. O evento terá ainda o apoio de várias organizações brasileiras, tais como Embratur, Riotur, Rio Convention & Visitors Bureau, SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) e ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
A organização do evento cabe ao CTS-Brasil (Centro de Transporte Sustentável) e à equipe do Challenge Bibendum. Lançado pela Michelin em 1998, o Challenge Bibendum é um esforço conjunto do universo automobilístico (montadoras, fabricantes de autopeças, empresas fornecedoras de energia e centros de pesquisas) para disponibilizar informações objetivas sobre os últimos avanços tecnológicos aos representantes das classes política e econômica e aos formadores de opinião, visando uma mobilidade rodoviária mais econômica, limpa, segura e fluida.
A missão da Michelin é contribuir de maneira sustentável para a mobilidade das pessoas e dos bens. Assim, o Grupo fabrica e comercializa pneus para todo tipo de veículo, incluindo aviões, automóveis, motocicletas, equipamentos de mineração e terraplenagem, caminhões e até mesmo para os ônibus espaciais da NASA. A Michelin também presta serviços online de ajuda à mobilidade  ViaMichelin.com) e edita guias turísticos, de viagem, de hotelaria e de alimentação, mapas e atlas rodoviários. O Grupo, cuja sede é localizada em Clermont-Ferrand (França), está presente em 170 países, emprega 124 mil pessoas no mundo inteiro e possui 69 unidades industriais implantadas em 19 países.  www.michelin.com)
Programa preliminar, no dia 25 de novembro (quarta-feira), às 10h às 12h30 – Café de boas-vindas, cerimônia de abertura com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Fonte: Portal Fator Brasil