Indústria Automobilística
Esvaziado, salão de Tóquio vê domínio de montadoras japonesas
No lugar dos conceitos e esportivos, carros híbridos e elétricos concentram os holofotes dos lançamentos expostos no Salão do Automóvel de Tóquio, que foi aberto para a imprensa nesta quarta-feira. Com a ausência de grandes montadoras como Ford, Chrysler, GM e Fiat, as marcas japonesas dominam o evento com novas tecnologias mais preocupadas com o futuro do meio ambiente.
Este ano, apenas dez montadoras participam: oito japonesas e duas estrangeiras (Lotus e Alpina). Na edição anterior, o salão contou com nove montadoras japonesas e 26 estrangeiras. Contando com as fabricantes de carros comerciais, acessórios e motocicletas, o salão terá neste ano 108 expositores. É a feira com menor número de participantes desde a sua criação, em 1954.
Com projeto de lançar um carro elétrico em 2012, a Toyota mostra pela primeira vez uma nova versão do conceito FT-EV II, movido a bateria, assim como um híbrido do Prius. "A Toyota não está se limitando a carros híbridos de gasolina e eletricidade. A era de reinventar os automóveis está próxima", afirmou o presidente da montadora Akio Toyoda.
A Nissan apresentou o "Land Glider", que tem apenas 1,1 m de largura e leva duas pessoas - uma na frente e outra atrás. O modelo foi inspirado nas motocicletas e aeroplanos, com rodas que inclinam até 17 graus nas curvas. Além disso, a terceira maior montadora japonesa mostra o Leaf, carro elétrico que a empresa espera começar a vender em 2010.
"O Leaf vai produzir uma onda na indústria por ser o primeiro carro acessível com emissão zero (de poluentes)", afirmou o diretor-executivo Carlos Ghosn. "A mobilidade sustentável está ao nosso alcance. Estamos no limiar de uma nova era na indústria automotiva", completou.
Esta transformação da Tokyo Motor Show demonstra a revolução que está acontecendo no mercado automotivo japonês e mundial, segundo os especialistas. "O conceito de veículo está mudando. Até agora, o carro eram um símbolo do status social. Quanto mais dinheiro se tinha, maior era o veículo. Agora, as pessoas compram carro basicamente para se deslocar e já não predomina o design ou a velocidade", explicou o analista Tatsuya Mizuno.
Esta mudança se acelerou com a crise econômica e com a chegada de uma geração de motoristas muito mais preocupados com os problemas do meio ambiente. A recessão também levou os fabricantes a diminuir a produção de carros esortivos, que, era, a seu ver, um meio de associar o veículo à velocidade e à virilidade.
Com informações da AFP.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
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